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O universo de Sarro é composto de personagens, de trabalhadores rurais que em seus quadros ocupam a maior parte da tela. O trabalho duro caracteriza-se por braços, pernas, mãos e pés com dimensões exageradas, assim como feições muitas vezes carregadas, mas o conjunto todo, na maioria das vezes com animais e instrumentos musicais, produz um efeito suave, multi colorido e harmônico.

Sarro expressa o universo de seus personagens também em formas monumentais, como em esculturas e em grandes afrescos de concreto. Suas obras, foram concebidas com muita criatividade e absoluta categoria, e ocuparão o seu devido lugar na história das artes.

2018 Também foi em 2018 que Sarro ganhou uma importante exposição no Brasil. Intitulada "Sarro, o Brasileiro Global", a mostra chegou a São Paulo no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp em dezembro, permanecendo em cartaz até janeiro de 2019. Dentre as 40 pinturas e 12 esculturas escolhidas pelo curador Eduardo Zompero dias, o público também pôde conferir 8 obras do 'Projeto Arte Acesso'. 2018 Pela sua dedicação e disposição em criar, Sarro se considera um operário da arte e em 2018 realizou mais um grande sonho: a construção do Memorial de Arte Adélio Sarro, em Vinhedo, um valioso espaço para disseminação da cultura e eternização da sua arte Com 2 mil m² de construção, o MAAS foi projetado pelo próprio Sarro e construído com recursos próprios. São 95 quadros e 25 esculturas que retratam diversos períodos da carreira de Sarro, inclusive oito peças da coleção Arte Acesso, desenvolvida com técnica mista e diversos materiais como resina, papel, tecido, pó de mármore, entre outros, que criam campo visual tátil, adequado à visitação de deficientes visuais. Logo na entrada, a fachada do MAAS impressiona com um painel de 9 metros de altura por 17 de largura, esculpido em baixo relevo no concreto e que conta a história de vida do artista. A parte interna é dividida em espaços que acomodam harmoniosamente as coleções de Sarro e também salas para workshops e divulgação de outros artistas, das mais diversas linguagens da arte. Há, ainda, um Café e uma loja de souvenirs. Em um anexo fica a oficina de esculturas de Sarro e, em frente, repousam grandes obras em um espaçoso jardim decorado com painéis de mosaico. 2016 Foi neste ano que a China conheceu o artista Adelio Sarro. Suas obras passaram pelo Today Art Museum, em Beijing e pelo Changjiang, em Chongqing. 2015 A empresa alemã Wilken - Ulmerfleeger convida Sarro para expor em sua sala de artes. Também na Alemanha, em Hamburgo, Sarro expôs na Kath Academie. 2014 Sarro mostra a sua arte na na Galeria Gunzburg em Uberlingen, na Alemanha; e no Centro Cívico em Arbedo Bellinzona, na Suíça.

Foto 1 - Exposição na Galeria Gunzburg na Alemanha
Foto 2 - Sarro e Jeff em Belinzona na Suiça
2011 No ano de 2011, a coleção de obras Arte Acesso foi mostrada pela primeira no Estado do Ceará, no Museu Dragão do Mar, em Fortaleza. Nos anos seguintes, as obras acessíveis de Sarro ganharam o mundo. A exposição Arte Acesso passou pela Galeria SPäth e no VR BANK em Coburg, na Alemanha; Cloitre des Billettes em Paris, prédio de arquitetura medieval na França; Loeffler Museum em Kosice, na Eslováquia; e Galeria Art Sol em Solothurn, na Suíça. 2010 2010 foi um ano em que muitos países da Europa conheceram a arte de Adelio Sarro. O artista expôs no Palffy Palais em Bratislava, Slovakia; e no Palácio de Arte em Cracóvia, Polônia. 2009 Foi neste ano que Sarro lançou projeto Arte Acesso, fruto de uma preocupação recorrente do artista com questões de acessibilidade e uma vontade imensa de atingir cada vez mais pessoas. O lançamento aconteceu no Museu Andersen, em Curitiba. Este projeto tem como público-alvo pessoas com deficiência visual que podem tocar os quadros de Sarro e captar as figuras através das texturas criadas pelo artista e pelas legendas em braile e também do toque. 2007 No ano de 2007, Sarro participou de exposição no Museu de Arte Moderna de Moscou e também no Museu da Academia de Arte St.Petersburg, na Rússia. Mais uma publicação literária de Sarro: o livro Aparecida, que foi lançado no Teatro da cidade de Kevelaer, na Alemanha. As obras de Sarro também puderam ser apreciadas em uma exposição na Eule art Galeria em Davos, na Suíça. 2006 O ano de 2006 é marcado pelo lançamento da série 'Força, Magia e Cores do Brasil'. Sarro também trabalha exaustivamente para a arte sacra. O artista foi chamado para elaborar e realizar o projeto de uma escultura monumental sobre "O Ciclo da Vida" em frente ao maior hospital que pertence a Igreja Católica, em Kevelaer, na Alemanha, onde o artista já tem vários laços. 2005 Exposição na Galeria Kocken em 2005 na Alemanha. 2004 2004 Inauguração da Biblioteca Adelio Sarro na base da Policia Militar em Andradina/SP. 2003 Em janeiro de 2003, Sarro pinta um painel de 2,5 X 8 metros para a nova edição do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Na ocasião, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton se depara com a arte de Sarro e manifesta admiração. A imprensa da Suíça e da Alemanha destacam a pintura de Sarro e a presidência do Fórum deseja adquiri-la permanentemente, porém o painel é grande demais para as dimensões da sede da instituição. Assim, é adquirida a obra menor de 5,5 metros de largura, onde até os dias atuais é visitada por políticos e empresários do mundo todo. Sarro é convidado para expor na ONU (Organização das Nações Unidas), em Genebra. O painel sobre a globalização ‘Unindo o futuro’ é exibido novamente e, para marcar a brasilidade do artista, o quadro ‘Imigrantes e Bandeirantes’, pintado para as festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, em 2000, ganha visibilidade internacional. Esta pintura pertence hoje ao Museu Rali, em Montevidéu, no Uruguai.

Foto: Painel "Unindo o Futuro"
Foto 2: Sarro com Bill Clinton
2002 Ao completar 30 anos de carreira, lança o livro ‘Sarro, o brasileiro global’, em quatro línguas, editado e impresso em 2002 na Alemanha e lançado em diversos países da Europa. O crítico parisiense, André Parinaud, dá a dimensão do artista logo no título da obra. O livro chega a São Paulo em uma noite de autógrafos na famosa Galeria André. 2001 Sarro volta à Austrália em 2001, com exposições em Sydney, Melbourne e Perth. É também convidado pelo Museu de Arte de Singapura para dar uma palestra sobre a arte latino-americana. Neste mesmo ano, o artista recebe novas encomendas de arte sacra e elabora pela primeira vez um vitral para o mosteiro do século XI, na cidade alemã de Klingenmünster. Sarro também exibe suas obras no Palácio de Congressos, em Evian, a conhecida cidade hidromineral francesa.

Foto: Vitral feito no Mosteiro de Klingermunster Alemanha
2000 Em 2000, Sarro exibe suas obras em Bergen, cidade cultural na Noruega. Neste ano também é inaugurada a Via Sacra, em Aparecida, com 500 mil fiéis. O artista participa com três obras de grande formato da Expool 2000, em Hannover, com o tema ‘Homem, Natureza e Técnica’, e ganha o prêmio de melhor artista figurativo da Alemanha do Norte - concedido por um respeitável júri. 1999 Na seqüência bem sucedida de carreira internacional, em 1999, suas pinturas são exibidas no World Economic Forum, em Davos, na Suíça. Sarro elabora especialmente para o evento uma escultura de pequeno porte em bronze e 12 grandes quadros com a temática sobre crianças. No mesmo ano, Sarro constrói 14 painéis, de 4 x 4 metros cada um, da Via Sacra em Aparecida, centro religioso no Brasil. Além disso, ele elabora um portal moderno na sua entrada, com mãos superdimensionadas em atitude de prece. A ligação de Aparecida com o Adveniat, na Alemanha, organização católica que sustenta projetos contra a miséria na América Latina, resultou numa exposição de Sarro na sua sede, em Essen, na qual participaram autoridades influentes na economia e política do país. O tríptico ‘Liberdades da vida’ é adquirido para a recepção do Banco da Diocese de Essen Neste ano também, se realiza a primeira exposição na Austrália, num Centro Cultural, em Melbourne.

Foto: Sarro com Hans Erni, um amigo pintor suíço
1998 Construção da Via Sacra no Morro do Cruzeiro em Aparecida. 1997 Sarro na Catedral de Chartres-França. 1996 Exposição no Hotel Concord Lyon - França. 1995 Construção do Monumento Energia São Caetano do Sul. 1994 Escultura de Sarro em Bellinzona na Suiça. 1993 A primeira exposição da nova fase é em 1993, em Zurique, na Suíça. No ano seguinte Sarro entra para a Feira de Arte Internacional Europ'Art, organizada anualmente em Genebra. O sucesso repercutiu a cada evento e permaneceu até a última participação, em 2005. Ainda na década de 90, os trabalhos de Sarro são expostos também com muito sucesso na Art Expo, em Nova York e em Las Vegas.

Foto: Sarro com o Marcham Marcel Markus e amigos na Feira Europ Art em Genebra
1992 Do início da década de 70 até 1992, Sarro expôs em 17 cidades brasileiras. Neste mesmo ano, completaram-se 20 anos de seu primeiro contato com a obra de Portinari e também de sua primeira exposição. A trajetória é marcada pelo lançamento do livro ‘Sarro - Retrospectiva 1972-1992. A obra literária marca o fechamento de um ciclo, reafirma o profissionalismo e registra uma fase de renovação na carreira do artista. Sarro conhece o colecionador e marchand suiço radicado no Brasil, Marcel Markus que, entusiasmado pela sua organiza exposições na Europa, Austrália e Cingapura, o que desencadeia na formação de um público cativo e de novos colecionadores.

Foto1: Sarro com o artista Manabu Mabe no lançamento do livro Retrospectiva 20 anos.
Foto 2: Sarro com o Marcham Marcel Markus.
1983 Depois do Japão foi a vez, em 1983, dos italianos requisitarem a exposição de suas pinturas. Nos anos seguintes, o nome do artista começou a circular em Milão, Bolonha, Roma (no elegante Palácio Dora Pamphili - a embaixada brasileira na Itália), Paris, Buenos Aires, Miami, Lisboa etc. No mesmo ano, Sarro entra para o grupo 11 Caminhos e com os artistas Elvio Santiago, Henry Vitor, Jorge Branco, Otoni, Tomzé, Vilela, Blanco y Couto, Cazarré, Christina Motta e Sinval formou uma parceria que durou cinco anos e resultou exposições pelo Brasil. 1981 Já vivendo exclusivamente da sua arte, em 1981, Sarro alcançou o reconhecimento internacional - não se limitando apenas a compradores e colecionadores europeus. Seis instituições japonesas organizaram exposições e expuseram suas obras naquele ano. O interesse fora do país se acelerou e mostras começaram a enriquecer seu já extenso currículo. Ainda na década de 80, sua obra chegou a ser vista no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e em espaços privilegiados como a Galeria de Arte do Sesi, em São Paulo, o Museu de Arte de Florianópolis, além da aquisição de 14 obras suas pela Fundación Rali – Museo Latino Americano - Punta del Este, no Uruguai. 1973 A partir de 1973 esteve presente em mostras coletivas e individuais em São Paulo, Limeira, Piracicaba, Santos e mais outras cidades brasileiras. Expondo na Praça da República começou a ganhar visibilidade, conhecendo pessoas do cenário artístico, fazendo grandes amizades. 1972 O ano de 1972 é marcante. Foi quando Sarro entrou na casa onde viveu Cândido Portinari (1903-1962), um museu na pequena cidade de Brodowski, interior de São Paulo. O que era um passeio informal e despretensioso, sem previsão para surpresas arrebatadoras, se transformou na guinada do Sarro desenhista e sonhador. Ainda em 1972, Sarro teve a sua primeira exposição individual, organizada no Centro de Convenções de São Bernardo, na Grande São Paulo e o público gostou e boa parte dos trabalhos exibidos foi vendida.

Foto: Sarro pintando um muro na cidade de Brodowski em 1972 com sua filha Karine.
1971 Sarro aos 21 anos com os amigos João Batista Guedes e Gilberto Macário. 1968 Sarro com amigo Gilberto Macário na Empresa de Propaganda visual em Santo André. 1966 Aos 16 anos mudou-se para São Caetano do Sul. Com toda a sua família por perto, pois sua irmã ali já morava há um tempo, Sarro manteve com o pai a parceria como pedreiro, mas sem deixar de lado sua aspiração pelas artes. Ele também aproveitava restos de materiais de construção, como madeira e tinta, para expandir seu universo artístico e criar suas primeiras artes. Também trabalhou como metalúrgico. O interesse pela arte, no entanto, latejava insistentemente em sua cabeça. Paisagens distantes, os personagens em labuta no campo, os desenhos de criança, a solidão conventual, mudanças de endereço, o trabalho gráfico (notadamente a serigrafia) e a fatura artesanal obrigatória somaram-se. Tempos depois conseguiu, enfim, a ter uma orientadora artística. Pintou seus primeiros quadros: paisagens, natureza morta, sentindo estar no caminho correto, dentro da proposta sempre sonhada. 1964 Em 1964, Sarro entra no Seminário Seráphico São Fidélis, de Piracicaba. Sua família desejava que ele se tornasse padre. No tempo em que esteve no seminário, Sarro ganha o olhar religioso e exerce o talento artístico através da arte sacra. Nas horas de silêncio desenha obstinadamente sobre papéis as figuras de Jesus e São Francisco. O fato de preferir os traços no lugar de leituras da bíblia e de textos teológicos provocou o seguinte comentário, vindo de um dos dirigentes do seminário católico: “ele só sabe e quer desenhar, levem-o embora que pode ser um artista”. 1963 Sarro e família aos 13 anos. 1962 Diploma do 4º ano, aos 12 anos. 1961 Sarro desenha a irmã Aparecida. 1960 Pelas dificuldades financeiras, a família de Sarro se deslocou mais uma vez. Em Dracena-SP, o pai desistiu da lavoura e passou a trabalhar como pedreiro. Sarro virou seu ajudante e para ajudar em casa, pegava papel e cacos de vidro na rua. Desses primeiros anos rudes se somam a perda de um irmão, em seu nascimento, a queda do pai do telhado de uma casa enquanto trabalhava como pedreiro e a mãe, Natalina Silva Sarro, lavando roupa para garantir o sustento da família.

Foto: Primeira comunhão aos 10 anos.
1959 Pintura feita em 1959 por Sarro, chamada "Barco". 1958 Aos 8 anos Sarro mudou-se com sua família para o interior de Goiás. Alguns anos depois, foi morar numa fazenda, de volta ao Estado de São Paulo. Segundo ele, um período de pobreza e limitações.

Foto: Sarro desenha o vovô Pedro.
1954 Aos 4 anos, subiu em caixote de madeira, olhou com uma curiosidade impetuosa para a imagem de um Sagrado Coração de Jesus, impresso num calendário, e a reproduziu. Um perspicaz sacerdote conferiu o desenho infantil e profetizou: “esse menino vai ser artista”. O garoto, começou assim a vislumbrar, por meio de incentivos e do próprio contato sensível com a vida no campo, o seu destino ligado às artes. O que era árduo nas circunstâncias passou a ser filtrado com contundência na sua representação artística. 1950 Em Andradina, interior de São Paulo, nascia Adelio Sarro Sobrinho. Filho de agricultores, começou a desenhar ainda criança. Com o pai, conheceu o trabalho árduo na lavoura. Assim como muitos brasileiros, migrou com sua família para diversas cidades de São Paulo e Goiás em busca de uma vida melhor.
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